Olá caros leitores, o tema de hoje aparece frequentemente na clinica e no nosso cotidiano. A Ansiedade quase sempre encabeça a lista de queixas quando a pergunta é; como esta sua saúde mental?
A palavra “ansiedade” vem do latim “anxietas” que significa “angústia, aflição”. Pode ser descrita também como um estado de inquietude, sofrimento, um desejo veemente e impaciente.
A ansiedade é uma emoção presente em todo ser humano, sendo considerada uma das emoções mais básicas e antigas da humanidade. No entanto, quando alcança uma proporção excessiva, pode se tornar um transtorno de ansiedade, afetando a qualidade de vida, autoestima e o bem-estar do indivíduo.
Mas afinal, o que é ansiedade? O transtorno de ansiedade é caracterizado por sintomas frequentes, intensos e duradouros de medo, preocupação e tensão. Esses sintomas podem ir desde a simples preocupação excessiva com eventos rotineiros até o medo incontrolável de situações específicas, como falar em público, voar de avião ou estar em espaços fechados.
As causas desse transtorno ainda não são totalmente compreendidas pela comunidade acadêmica, mas existem fatores que podem influenciar em seu desenvolvimento, como a genética, história familiar, eventos traumáticos e estressores cotidianos. A ansiedade também pode ser um sintoma de vários outros transtornos, como a depressão e o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).
Os sintomas do transtorno de ansiedade podem prejudicar a rotina do indivíduo, afetando a concentração, o sono, o apetite e a atividade física. É comum que o indivíduo evite certas situações que possam desencadear a ansiedade, o que pode prejudicar sua vida social e profissional.
Existem diversos tratamentos para o transtorno de ansiedade, sendo os mais indicados atividade física regular, a psicoterapia e o uso de medicamentos ansiolíticos, sempre prescritos por um profissional especializado. Também é importante que o indivíduo busque estratégias de autocontrole, como técnicas de respiração, meditação e atividades relaxantes, além de manter hábitos saudáveis de alimentação e sono.
Em suma, a ansiedade é uma emoção comum e necessária, mas quando se torna exagerada, pode prejudicar a vida do indivíduo. Assim, é importante reconhecer os sintomas e buscar ajuda profissional para o tratamento adequado.
Os sintomas mais comuns da ansiedade podem incluir:
- Preocupações excessivas;
- Sensação de apreensão ou nervosismo constante;
- Dificuldade em relaxar;
- Dificuldade em focar em tarefas;
- Irritabilidade;
- Dificuldade em dormir ou insônia;
- Medo infundado ou pânico;
- Sensação de perigo iminente;
- Palpitações ou batimentos cardíacos acelerados;
- Suor excessivo;
- Tremores ou espasmos musculares;
- Sensação de falta de ar ou dificuldade em respirar;
- Dor no peito ou sensação de sufocamento;
- Tensão muscular;
- Problemas gastrointestinais, como náusea ou diarreia.
É importante destacar que cada pessoa pode apresentar diferentes sintomas e intensidades de ansiedade, e esses sintomas podem ser temporários ou persistentes. Caso você identifique alguns desses sintomas em si mesmo ou em alguém próximo, é importante buscar ajuda profissional para diagnóstico e tratamento adequados. Evite a automedicação e converse com um profissional, pois o controle adequado dos sintomas entregará qualidade de vida e saúde para seu dia a dia e relações.
Existem alguns hábitos, técnicas e exercícios para buscar o melhorar os sintomas da ansiedade. Se o seu estagio estiver avançado, procure um psiquiatra para o controle medicamentoso, e seu psicólogo para aprender a lidar e superar seus sintomas.
Aqui vão algumas formas de melhorar a ansiedade;
- Pratique técnicas de relaxamento pautadas no momento presente. Exercício de respiração 3-3-6, respiração quadrada, nomear mentalmente as cores ou elementos do local onde se encontra;
- Mantenha um estilo de vida saudável, com exercícios regulares e uma dieta equilibrada.
- Evite a cafeína e o álcool, pois podem aumentar a ansiedade.
- Estabeleça uma rotina diária e mantenha um horário de sono regular.
- Aprenda a identificar e lidar com seus pensamentos negativos e preocupações excessivas.
- Planeje suas atividades pessoais e profissionais com o auxilio de listas.
- Busque ajuda profissional, medicação administrada junto com psicoterapia clinica são grandes aliados se a ansiedade estiver prejudicando sua vida cotidiana.
- Pratique a aceitação e a tolerância à incerteza, reconhecendo que nem tudo pode ser controlado e que às vezes é necessário deixar as coisas acontecerem naturalmente.
- Praticas de meditação e ioga.
Além destas dicas, a psico-educação auxilia na identificação dos comportamentos ansiosos e ajuda na administração dos sintomas. Se você se interessou sobre o tema, indico aqui alguns dos autores de referência no assunto de ansiedade;
- David Barlow: é um psicólogo americano e Professor Emérito de Psicologia e Psiquiatria da Universidade de Boston. Barlow é conhecido por suas pesquisas e publicações sobre etiologia, natureza e tratamento de transtornos de ansiedade.. Suas pesquisas e intervenções clínicas são frequentemente citadas como exemplos de boas práticas.
- Edmund J. Bourne: É autor de vários livros sobre ansiedade, incluindo o clássico “The Anxiety and Phobia Workbook”. Seu trabalho foca em ajudar as pessoas a enfrentar e superar seus medos.
- Aaron Beck: É pioneiro na terapia cognitiva e seu modelo de terapia cognitiva baseada na ansiedade tem sido amplamente estudado.
- Richard McNally: É um psicólogo clínico e autor especializado em transtornos de ansiedade, incluindo transtorno de estresse pós-traumático.
É importante observar, que o intuito deste texto não é esgotar a discussão sobre ansiedade, muito menos carregar título de verdade absoluta. O objetivo é expor um pouco da minha percepção clínica, carregada de minha experiência profissional e acadêmica. A escrita segue em um formato de ensaio e observações mais genéricas acerca do fenômeno, pois é preciso preservar a multiplicidade de fatores e afetações da existência de cada sujeito.
Espero que a leitura tenha te ajudado a entender um pouco mais sobre a ansiedade, suas características, sintomas comuns, algumas ferramentas para ajudar a administrar o transtorno e seus teóricos mais proeminentes. Se gostou do conteúdo me acompanhe aqui ou entre em contato para trocarmos ideias.
Até o próximo post!
